Logan: confira a análise do filme
Com uma boa aceitação da crítica, Logan, o filme de James Mangold finalmente estreou. Confira nossa análise livre de spoilers.
Wolverine sempre foi um dos personagens mais famosos dos quadrinhos e ao longo dos anos e de vários filmes lançados, Hugh Jackman vem interpretando o herói com vários altos e baixos. Agora, Jackman e o diretor James Mangold entregaram uma obra-prima que com certeza irá agradar a todos os fãs do herói.
Logan não é um filme de super-herói como qualquer um, e não só por causa de sua classificação indicativa para maiores de 16 anos (a mesma classificação de Deadpool), mas sim pois é um filme que conta sua história focada nos personagens, e não num universo cinematográfico ou uma franquia já existente. Claro, há muitas cenas de ação de tirar o fôlego, mas elas não estão lá justamente para as pessoas não ficarem entediadas com tanta "falação", as cenas surgem dinamicamente e são muito bem encaixadas e executadas. O filme não tem medo de gastar seu tempo mostrando personagens icônicos todos quebrados, de uma forma que nunca vimos antes.
A atuação de Hugh Jackman é incrível, digna de ganhar várias premiações. Nós já estamos acostumados a assistir o ator na pele de Wolverine por tantos anos, mas nesse filme vemos um outro lado do personagem. Ele não se importa com nada e só quer ser deixado em paz para dirigir sua limousine e guardar dinheiro suficiente para poder levar Charles Xavier para viver seus últimos dias no oceano. Logan é um alcoólatra, xinga a todo momento, mata sem hesitação e definitivamente não tem mais nenhuma esperança de conseguir qualquer tipo de redenção. Então, uma garotinha muda aparece e força ele a reconhecer que de fato, ainda existe um pouco do antigo Wolverine, mesmo depois de tudo.
Apesar de, claramente esse é um filme de Jackman, os outros atores estão junto dele durante todo o filme. A princípio, a atuação de Patrick Stewart (Charles Xavier) é um pouco difícil de aceitar, pois está muito diferente do que estamos acostumados a ver nos outros filmes, porém, no decorrer da história, percebemos que há um bom motivo para ele estar assim. Stephen Merchant está ótimo na pele de Caliban e claro, Dafne Keen é uma grande revelação como Laura/X-23.
O estúdio aceitando a classificação indicativa do filme, não só permitiu a Mangold mostrar toda a brutalidade de um herói que tem garras que saem de suas mãos (Logan consegue ser brutal em várias cenas), mas também lhe deu a liberdade para criar um filme com um ritmo e tom único.
Pode não ser um filme perfeito, mas Hugh Jackman e James Mangold conseguiram entregar um excelente filme, que com certeza ficará marcado na memórias dos fãs durante muito tempo.